Resultado da balança em 2021 foi o melhor em uma década
Em tempos de pandemia e crise econômica, Minas Gerais vem mostrando que tem força para reagir. Dados divulgados pelo governo do Estado neste início de fevereiro dão uma dimensão desse potencial.
De acordo com o levantamento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), Minas bateu seu recorde em exportações em 2021, alcançando US$ 38,1 bilhões – crescimento de mais de 45% em relação a 2020. Foi o melhor resultado em uma década, o que ajudou a consolidar o Estado como o segundo que mais exporta no país. Com isso, Minas já responde por quase 14% dos produtos brasileiros enviados ao exterior.
São 194 mercados alcançados, entre eles gigantes como China, Estados Unidos e Alemanha. Ainda de acordo com o governo do Estado, 338 cidades mineiras tiveram participação nas exportações, um crescimento de 4,3% no Estado. Os segmentos de lácteos, carne suína, cosméticos e fármacos, pirotecnia e cafés tiveram participação fundamental nesses números.
Os números do agronegócio também merecem ser festejados. O setor representa 27,5% do total exportado pelo Estado. As vendas fecharam em 2021 com valor recorde de US$ 10,5 bilhões – melhor indicador da série histórica desde 1997, com 20% de alta em relação a 2020.
Os resultados são fruto de muito trabalho e da qualidade dos produtos. Ao comer, beber ou usar um produto mineiro, o comprador estrangeiro busca não só a qualidade, mas a autenticidade tão característica de nosso Estado.
Não à toa, somos reconhecidos em eventos como o Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours, uma premiação mundial de queijos. Nessa competição, o Brasil ficou atrás apenas da França, levando 57 medalhas – e Minas foi responsável por 40 delas. E, dentro do nosso agro, o café lidera as exportações.
Para seguir nessa trilha de sucesso, é preciso investir ainda mais em design e comunicação, levando toda a informação tangível e intangível sobre os nossos atributos, mostrando do que somos capazes não só para mercados conhecidos, mas também explorando possibilidades de negócios com novos parceiros.
É preciso ainda dar mais apoio qualificado às empresas. Nesse sentido, o governo mineiro tem feito boas ações de promoção envolvendo embaixadas e consulados brasileiros no exterior. Um exemplo são os seminários de capacitação e as parcerias com instituições como a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), ministérios e câmaras de comércio de países como Itália, França e Portugal.
Quando o assunto é importação, os dados também mostram um avanço de 58,2% entre 2020 e 2021. No ano passado, foram US$ 13 bilhões em importações, enquanto em 2020 foram registrados US$ 8,2 bilhões. O mais relevante é que, ao exportar mais que importar, Minas contribuiu em R$ 25,1 bilhões para o superávit comercial do país.
Desde 2019, o Estado atraiu investimentos de mais de R$ 190 bilhões. A missão internacional a Madri, na Espanha, em janeiro, é uma das ações que podem trazer mais recursos, especialmente em soluções tecnológicas, gestão e setores como energia, aviação e ferroviário.
Ao entrar no radar do comércio internacional, esses números se traduzem em mudança na vida de milhares de pessoas e ajudam a girar a roda da economia mineira. Somente no ano passado, foram gerados mais de 100 mil empregos. Com isso, Minas caminha em direção ao crescimento que beneficia não somente os mineiros, mas todo o país.
Texto originalmente publicado no jornal O Tempo em 14/02/2022